Dedicatória (2)

     O tempo passa, as pessoas ficam, mesmo que nem sempre de forma física. A importância cresce, perante tudo o que aconteceu e continua a acontecer graças à sua estadia neste mundo. Amizades surgem e crescem graças a si. O desejo de algo mais. Nem sempre precisamos de conhecer alguém na sua presença material, pois tudo aquilo que gira à sua volta e na sua energia é mais do que suficiente para criar em nós uma admiração enorme. Simplicidade, discrição... Um olá com um sorriso. Lentamente... Até culminar num belo repente, cheio de aventuras, cheio de emoções. Tudo, com a grande ajuda de um pequeno e efémero Ser, contrastando com a sua fugaz mas enorme importância.

     Hoje, deve ser lembrado. Amanhã, quem sabe, conhecido, sem nos reconhecermos. Ontem, meros desconhecidos, alheios à mútua existência.

     Caminhos que se cruzaram, até permanecerem paralelos. Sentimentos que se ligaram, permanecendo até lhes ser dada a devida importância.

Ontem, desconhecidos e ignorantes. Hoje lembrados, nesta pequena homena-gem que me é permitido fazer na impossibilidade de lhe falar que não telepaticamente.

Pequenos Detalhes

     Pequenos detalhes fazem grandes momentos, pequenos pormenores fazem toda a diferença, pequenas diferenças marcam e conquistam de maneiras inexplicáveis. Mas, de facto, não precisam de ser explicáveis, nem explicadas, apenas sentidas, apenas vividas. Pequenas diferenças fazem toda a diferença, fazem, por vezes uma grande igualdade, que atrai e encanta. Pequenos detalhes por vezes são tudo o que importa. E não é preciso que importe a terceiros, nem precisam de ser explicaveis para eles, apenas para nós, no nosso íntimo...

Passado

     Passado, tempo que já passou. Passou e não volta. De si apenas memórias. Memórias adormecidas, que com um “click” despertam, presas aos ponteiros do relógio até ao presente, querendo tornar-se futuro...

     Passado, tão presente quando as memórias cravadas em si, gravadas nas palavras, nos juramentos, vindos do coração e passadas pela cabeça.

     Memórias, tão boas memórias, com altos e baixos, mas cheias de glórias, repletas de certezas.

     Tempo, ligação entre passado e presente...

     Afinal o que é o passado? Por vezes, algo que não passou mas que é presente, qual dádiva, como um anjo caído do Céu.

     Tempo... Que já passou, que vai passar, e aqui estou, no mesmo lugar, seguindo paralelo ao presente belo que o presente me proporcionou.

     Emoções... Pequenos passos, grandes saltos, qual balão de oxigénio, desper-tando promessas, adormecidas, nunca esquecidas, jamais quebradas, alentadas pelas brisas que o tempo carrega na sua ilusão.