Era uma pequena baía, com areia fina e branca. A água, era de uma transparência surreal.
À beira da água, acariciada pela suave ondulação que ocasionalmente a banhava, estava uma concha. Tímida, parecia chamar, enquanto as duas metades se abriam como se sorrissem.
Foi então que reparei. Não era um bivalve qualquer: a sua beleza era de uma simplicidade indescritível. Olhei atentamente. No seu interior, estava uma pérola. A mais linda que alguma vez vira, de forma esférica perfeita e de uma profusão inimaginável de cores e de luz com uma pureza como jamais fora visto igual.
Delicadamente, peguei naquele pequeno ser, que me disse o seu nome enquanto eu lhe dizia o meu.
Durante horas, conversámos, sobre uma imensidão de coisas, confessando emoções e admitindo sensações que só o mais íntimo de cada um sabia existirem.
A noite chegou, e com ela, o cansaço e o sono apoderaram-se de ambos, que assim nos fez despedir com um doce beijo de boa noite, pois "amanhã"... Seria outro dia.